Gol GTi 89 a montadora faz uma aposta alta na nova tecnologia: Trazer para o Brasil o sistema de injeção eletrônica multiponto e tentar conciliar com a péssima qualidade da nossa gasolina, era um grande desafio.
As marcas, Chevrolet e Fiat, já haviam feito alguns testes com sistemas de alimentação eletrônico, como os carburadores eletrônicos, com um bom resultado.
Mas se aventurar com sistema de alimentação multiponto, era uma aposta bastante alta. Uma tecnologia muito eficiente e moderna, mas que poderia cobrar das montadoras um preço muito alto, a médio e longo prazo.
Com uma gasolina de pouca qualidade, e um público ainda preso a cultura dos carburados, onde basicamente bastava abastecer o carro e trocar o óleo. Trazer o novo sistema, exigiria muito mais esforço e investimento de todos.
Durante a segunda metade da década de 1980, começa o jogo de espera, entre Volkswagen, Chevrolet e Fiat. Uma aguardava a outra lançar primeiro o sistema de injeção eletrônica multiponto.
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O jogo de espere tinha como objetivo, utilizar a marca concorrente como observatório, para posteriormente cada um lançar sua nova tecnologia.
A Volkswagen acabou se aventurando, e se torna a pioneira no Brasil com o Gol GTi 2.0, o primeiro carro com injeção eletrônica multiponto do Brasil.
No final de 1988, foram produzidos 2.000 unidades do hatch compacto, a montadora queria primeiro avaliar os altos e baixo que o veículo teria no Brasil.
O projeto acabou se saindo muito bem, o novo Gol GTi 2.0, era robusto, rápido, nervoso e ao mesmo tempo muito equilibrado.
Mostrou entre os anos de 1988 e 1989, que a plataforma BX ainda estava em forma, além de se manter atualizada para os padrões da época, era equilibrada e muito resistente.
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Mesmo com todos os elogios das revistas automotivas da época, e a euforia dos primeiros proprietários, muitos exemplares da primeira fornada do Gol GTi apresentaram problemas no sistema de alimentação.
Desde consumo excessivo de combustível, até problemas de vazamento e perda de potência. Mas nada que abalasse o novo projeto.
A Volkswagen utilizou as unidades que deram algum tipo de problema como laboratório, e solucionando os problemas para a segunda fornada, que aconteceu a partir de janeiro de 1989.
O Gol GTi 89 se tornou o carro mais ágil e de melhor velocidade final do país, superado apenas pelo Fiat Tempra 2.0 equipado com Turbo, no início da década de 1990.
O modelo VW, acabou se tornando um compacto de alto custo, apenas ao alcance da classe média alta e da classe alta. Mas um ícone para toda a indústria automobilística brasileira.
Hoje, 35 anos depois, no mercado de carros clássicos, se tornou um dos modelos mais valorizados e comercializados. Também passa a ser um dos raros carros dentro do segmento, que serve como investimento com retorno certo.
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Ficha Técnica – Gol GTi 89
Carroceria Hatch; Porte Compacto; 2 portas; Motor VW AP 2.0 segunda geração (G); Cilindros 4 em linha. Posição longitudinal.
Tuchos Hidráulicos; Tração Dianteira; Combustível Gasolina; Injeção Multiponto; Direção Hidráulica; Câmbio manual de 5 marchas; Embreagem monodisco a seco.
Freios a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso 997 kg; Potência 120 cv; Torque máximo 18,4 kgfm a 3200 rpm Potência Máxima 5600 rpm.
Aceleração De 0 a 100 – 8,8 Segundos; Velocidade máxima 181 km/h; Consumo Consumo na Cidade 8,5 km/l – Estrada 13,4 km/l; Porta malas 146 Litros; Carga útil 340 kg; Tanque de combustível 47 Litros.
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