O Ford F600 antigo, foi o primeiro utilitário pesado Ford a sair da linha de montagem no Brasil, no ano de 1957. As primeiras unidades ainda utilizavam o conjunto propulsor e todo o sistema de tração importados da terra do Tio Sam.
Em 1958 passa a ser equipado com o motor fabricado no Brasil o V8 Y-block. Entre 1957 e 1960 a montadora americana fechou um generoso contrato com o governo federal para fornecer caminhões para estatais e empreiteiras privadas responsáveis pela construção de Brasília.
Os modelos produzidos entre o final da década de 1950 e durante toda a década de 1960, acabaram se tornando verdadeiros heróis no mercado de caminhões usados durante as décadas de 1970 e 1980. Os modelos eram largamente adquiridos por um preço bem acessível, por lojas de materiais de construção, empresas de construção civil e feirantes, onde utilizavam o caminhão até a exaustão.
No início da década de 1980, feirantes e pequenos comerciantes compravam o modelo por um preço bem acessível, trocavam o já cansado motor Ford V8, pelos eficientes e econômicos motores Diesel MB 1111 e 1113. Era bastante comum ver os mesmos trabalhando como burros de carga arrastando a carroceria no chão de tanto peso.
Mas a história começou a mudar no início da década de 1990, com a nova tendência no mercado para carros clássicos, e o início da febre de veículos restaurados, os caminhões Ford F600 antigo, passaram de veículos praticamente sem valor comercial, a elegantes peças de acervos que podem facilmente passar dos R$ 100.000,00.
O exemplar da nossa matéria foi produzido no ano de 1966, hoje utiliza o motor MB 1113, mas possuem câmbio e diferencial originais, recebeu um processo de restauração classe “A”, painel todo original em perfeito funcionamento.
Desempenho na configuração original de fábrica com o motor V8 a gasolina
Estabilidade – Cumpria seu papel para um utilitário com tecnologia da década de 1960, confiável na cidade e estável com carga até 1000 kg.
Motor – O motor Ford V8 272 – 4.5 , era confiável, e muito eficiente, mas os valores das manutenções preventivas e corretivas, eram de um carro de alto custo.
Câmbio – Utilizando câmbio manual, os engates não era muito precisos, principalmente após dois ou três anos de uso, mas atendia as expectativas da época para um utilitário.
Retomadas e ultrapassagens – Eficiente e segura, respondia muito bem ao pedal do acelerador.
Consumo – Para um motor a gasolina V8 de uma picape da década de 1960, fazer 3,8 km/l na cidade não era considerado nenhum absurdo para a época.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos.