O Ford Escort XR3 conversível, no ano de 1995, da adeus a uma bem sucedida saga, o esportivo que embalou os sonhos dos brasileiros durante 10 anos, também marcou o último ano de produção da família do hatch médio da montadora americana em solo brasileiro, que passaria a ser produzida na terra dos hermanos, para abrir espaço para a produção do Fiesta.
1995 marca o fim da bem sucedida versão esportiva XR3, na carroceria convencional de 2 portas, chegou ao Brasil em 1983, a montadora trouxe da Europa apenas a metade do carro, carroceria e acabamento interno. Suspensão, câmbio e motor foram reaproveitados da família Corcel. O conjunto propulsor ganhou novo upgrade, sistema de ignição eletrônica, e foi montado na posição transversal, rebatizado de CHT, dando um torque mais firme, e um nível de ruído mais confortável.
Em abril de 1985, a Ford foi corajosa e muito bem sucedida, coloca no mercado o Ford Escort XR3 conversível, uma aposta ousada, e se torna o segundo carro nacional da história produzido em série, na carroceria conversível. O primeiro foi o Karmann Ghia, coincidentemente, a mesma montadora que fez parceria com com a Ford, para desenvolver e produzir a carroceria conversível.
O modelo se tornou o carro mais caro do Brasil, como já citado em outras matérias, superando até mesmo, os poderosos Alfa Romeo 2300 e Opala Diplomata, tanto no custo da unidade zero km, como nas manutenções preventivas e corretivas. Os custos foram somente igualados no início da década de 1990 com a chegada do Kadett conversível.
A unidade aqui da matéria, é um Ford Escort XR3 conversível 2.0i 1995. Apesar de ser posicionado no mercado como um esportivo de médio porte, o modelo entregava tudo que um carro de luxo nacional em sua versão top de linha poderia oferecer, com capota de ação elétrica, ar condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, faróis e lanternas original Auto Latina e freio a disco nas 4 rodas.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma boa estabilidade, mas as versões conversíveis, desde seu lançamento utilizavam uma suspensão mais rígida para minimizar o efeito flutuante, enraizado na família Ford Escort. As versões com motores AP 1.8 e 2.0i, ganharam uma suspensão mais atualizada.
Motor – Utilizando o motor VW AP 2.0i de 116 cv a gasolina, era robusto, rápido e de manutenção descomplicada.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, era de relações longas dando ao carro um ar mais esportivo, os engates eram precisos e macios, mesmo em trocas rápidas ainda se mantinha eficiente.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor elástico com muito fôlego que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e confiável, com aceleração de 0 a 100 em 11,2 segundos.
Consumo – Para um motor 2.0 injetado a gasolina, fazer 8,3 km/l na cidade, estava dentro do esperado para a época, mais informações na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis retangulares de lentes planas, chanfrados nas extremidades;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor da carroceria;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Discreta, acompanhando as linhas do capô;
Retrovisores Externos – Panorâmicos pintados na cor da carroceria com ajuste elétrico interno;
Frisos – Emborrachado na parte inferior da lateral em toda a extensão do carro;
Rodas – De liga – leve enraiadas 185/60 R14;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Escort 2.0i XR3”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor fumê;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não – Veículo conversível, com capota acionada eletricamente;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil em tons preto e cinza;
Volante – Espumado de três raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétrico;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno elétrico;
Acabamento dos bancos – Em fino tecido aveludado, Recaro;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Com cintos de segurança de três pontos para dois passageiros;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros com regulagem de altura nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Ford Escort XR3 conversível – Ano de 1995 motor 2.0i
Carroceria – Conversível;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – AP 2.0i;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Transversal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 116 cv;
Peso Torque – 65 kg/kgfm;
Cilindrada – 1984 cm³;
Torque máximo – 17,7 kgfm a 3200 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Injeção Multiponto;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e disco sólido nas rodas traseiras;
Peso – 1150 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4040 mm;
Distância entre-eixos – 2525 mm;
Largura – 1692 mm;
Altura – 1389 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 11,2 Segundos;
Velocidade máxima – 187 km/h;
Consumo: Cidade 8,3 km/l – Estrada 12 km/l;
Autonomia: Cidade 531 km – Estrada 768 km;
Porta malas – 250 Litros;
Carga útil – 385 kg;
Tanque de combustível – 64 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 415.879,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.