No segundo ano de produção o Ford Del Rey, em todas as suas versões e configurações, foi o 10º carro mais vendido dos país, emplacando 27.738 unidades.
Um ano após seu lançamento, o novo médio de luxo Ford Del Rey Série prata 4 portas, era um dos carros nacionais mais comentados e desejados, passou a figurar entre os mais caros, mais vendidos e também entre os mais roubados.
No início da década de 1980 uma revista automotiva fez uma matéria com o seguinte título. “Cuidado donos de Voyage e Del Rey, os ladrões estão a solta”. O assunto abordava que ambos os modelos passaram a ser os principais alvos de bandidos.
O Ford Del Rey Série prata 1982, era a versão de entrada, com um preço um pouco a baixo do top de linha Del Rey Série Ouro, que trazia opcionais como trio elétrico e ar-condicionado.
O recém chegado Chevrolet Monza ainda estava mostrando sua cara, o Ford Escort só chegaria no ano seguinte, e o VW Santana somente em 1984.
Para o Médio da Ford foram dois anos muitos especiais, 1981 e 1982, vendas em alta, fila de espera para novas encomendas de unidades, tanto top de linha, com na série prata, além de ter ajudado a elevar o nome e a moral da montadora aqui no Brasil.
Desempenho
Estabilidade – Era um dos pontos fracos do modelo, a suspensão muito macia, dava ao carro muito conforto e uma ótima sensação de estar dentro de um navegador silencioso.
Mas por outro lado, o modelo ficava instável em curvas de alta, e com 5 adultos os amortecedores alcançavam facilmente o ponto zero.
Motor – Utilizando o motor Cléon Fonte 1.6 de 73 cv na versão a álcool, deixava o Ford Del Rey um passo atrás de seus concorrentes em força e agilidade, mas era o suficiente para entregar conforto e segurança no dia a dia .
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, tinha engates precisos e macios, mas o engate da ré fazia muito barulho para um carro de luxo.
Retomadas e ultrapassagens – Com no máximo dois adultos, o conjunto motor e câmbio Cléon Fonte 1.6 era eficiente, mas com 4 adultos ou com carga útil máxima , perdia muito fôlego.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros e 73 cv, fazer 7,9 km/l estava dentro dos padrões para a época, mais detalhes na ficha técnica.
Ficha Técnica
- Carroceria – Sedã;
- Porte – Médio;
- Portas – 4;
- Motor – Cléon Fonte 1.6;
- Cilindros – 4 em linha;
- Posição – Longitudinal;
- Combustível – Álcool;
- Potência – 73 cv;
- Peso Torque – 84,5 kg/kgfm;
- Cilindrada – 1555 cm³;
- Torque máximo – 11,9 kgfm a 3600 rpm;
- Potência Máxima – 5200 rpm;
- Tração – Dianteira;
- Alimentação – Carburador;
- Direção – Simples;
- Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
- Embreagem – Monodisco a seco;
- Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
- Peso – 1006 kg;
- Suspensão dianteira – Independente, Braços sobrepostos – Mola helicoidal;
- Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal;
- Comprimento – 4498 mm;
- Distância entre-eixos – 2438 mm;
- Largura – 1676 mm;
- Altura – 1345 mm;
- Aceleração de 0 a 100 – 17,2 Segundos;
- Velocidade máxima – 153 km/h;
- Consumo: Cidade 7,9 km/l – Estrada 17,2 km/l;
- Autonomia: Cidade 450 km – Estrada 690 km;
- Porta malas – 343 Litros;
- Carga útil – Não informado;
- Tanque de combustível – 57 Litros;
- Valor atualizado Aproximado – R$ 215.823,00;
- Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens – Século 20 Veículos de Coleção