No ano de 1982, o Ford Belina foi o 13º carro mais vendido do Brasil, emplacando em todas as suas versões e configurações, 22.219 unidades.
1982 foi o ano em que o Ford Belina II atingiu seu auge, melhor motor e melhor acabamento entre as peruas compactas e médias nacionais.
Mas o que levou a Belina atingir o seu auge em 1982?
Em primeiro lugar o motor Ford Cléon-Fonte logo rebatizado 1.6, foi o motor no Brasil que melhor se adaptou ao sistema de combustível com o álcool derivado da cana de açúcar.
Outro detalhe era que em 1982 o motor Cléon-Fonte ainda era uma modelo atualizado, com manutenção fácil e barata, resistente, econômico e que dava aos modelos da Ford, folego para continuar na briga dos compactos e médios nacionais.
Na versão a álcool a Belina II gerava em média 75 cv líquidos, já na versão a gasolina 72 cv líquidos, com Torque máximo de 13 kgfm a 4000 rpm.
Além da mecânica boa e atualizada, o Ford Belina II contava com outros atributos, o acabamento interno que era impecável e de muito bom gosto para uma perua média da época, principalmente nos modelos com o acabamento monocromático, com a base dos mostradores decorada com adesivo em imitação de madeira.
Os mostradores do painel eram de fácil visualização, volante eficiente e bonito, radio toca fitas e acabamento das portas em imitação de couro.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma boa estabilidade, mas a suspensão muito macia, que por um lado, proporcionava muito conforto, deixava o carro instável em curvas de alta, com 5 adultos e porta malas cheio, a suspensão atingia seu ponto zero facilmente.
Motor – Utilizando o motor Ford Cléon Fonte 1.6 de 72 vc a gasolina, era confiável, e com um giro bastante estável em médias e baixas rotações. Mas em altas rotações já mostrava um certo cansaço do projeto.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, tinha engates precisos e macios, dava ao motor um giro mais estável na estrada, mas o barulho do engate da ré, era estranho para um modelo de luxo.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor eficiente que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e confiável, mas com carga máxima, o carro perdia fôlego, então era bom negociar bem as ultrapassagens em estradas de mão dupla.
Consumo – Esse sempre foi um dos pontos fortes da família Corcel, mas na versão 1.6 a gasolina fazia modestos 7 km/l na cidade.
Ficha Técnica
- Carroceria – SW;
- Porte – Médio;
- Portas – 2;
- Motor – Cléon Fonte 1.6;
- Cilindros – 4 em linha;
- Posição – Longitudinal;
- Tuchos – Mecânicos;
- Tração – Dianteira;
- Combustível – Gasolina;
- Alimentação – Carburador;
- Direção – Simples;
- Câmbio – Manual de 4 marchas;
- Embreagem – Monodisco a seco;
- Freios – Disco Sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
- Peso – 1050 KG;
- Comprimento – 4488 mm;
- Distância entre-eixos – 2438 mm;
- Potência – 72 cv;
- Cilindrada – 1555 cm³;
- Torque máximo – 13 kgfm a 4000 rpm;
- Potência Máxima – 5600 rpm;
- Aceleração de 0 a 100 – 19 Segundos;
- Velocidade máxima – 148 km/h;
- Consumo: Cidade 7 KM/L – Estrada 13,7 km/l;
- Autonomia: Cidade 441 km – Estrada 863 km;
- Porta malas – 569 litros;
- Carga útil – Não Informado;
- Tanque de combustível – 63 Litros;
- Valor atualizado Aproximado – R$ 205.000,00;
- Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens – pastorecc.com.br