Fiat ou Chevrolet confira o comparativo entre Prêmio CS 1986 e Chevette SL 1986, o líder de mercado contra o sedan compacto mais atualizado. Um ano que marcou uma batalha bastante interessante entre os sedans compactos três volumes no Brasil.
A Volkswagen, tinha o modelo mais robusto e mais caro dentro do segmento, o Volkswagen Voyage, que era o segundo sedan compacto mais emplacado do país. Mas a briga pelo bom e barato, ficou por conta do Fiat Prêmio CS 1.5 e do Chevrolet Chevette 1.6, ambos com o preço da unidade zero km bem próximos, mas com muitas diferenças na estrutura e no conjunto propulsor.
O Fiat Prêmio CS 1.5 1986 custava em valores atualizados R$ 96.990,00, Já o Chevrolet Chevette SL 1.6 não saía da concessionária por menos de R$ 94.785,00. O compacto Chevrolet foi o segundo carro mais emplacado na quele ano em todas as suas versões, foram 67.182 unidades, ficando atrás apenas do irmão Chevrolet Monza, um sedan de médio porte que emplacou 73.192 unidades.
Já o Fiat Prêmio teve vendas um pouco mais modestas, com um preço um pouco mais salgado, emplacou em todas as versões 46.385 unidades. O modelo italiano na configuração 1.5 a álcool, entregava uma estrutura mais moderna, com o conjunto motor e câmbio mais elástico, e com um nível de ruído interno bem mais confortável. O Prêmio CS 1.5, também oferecia de série conta giros e uma posição de dirigir mais moderna e confortável, além de um generoso porta malas de 530 litros.
Os pontos negativos ficava para a suspensão muito rígida, que causava um certo desconforto em ruas de paralelepípedo e em estrada de chão batido, além do câmbio que não tinha engates muito precisos. A falta de equilíbrio da traseira do carro também chamava a atenção.
Ao contrário do irmão hatch o Fiat Uno, que ao lado do VW Passat, que eram os dois carros nacionais mais equilibrados e de melhor aerodinâmica. O Fiat Prêmio sofria do chamado efeito flutuante, com uma traseira muito leve e pouco aerodinâmica, fazia o carro perder o equilíbrio em curvas de alta e em retas em velocidades acima de 140 km/h.
Na briga Fiat ou Chevrolet, o Prêmio CS 1986 era equipado com o motor Sevel 1.5 a álcool de 71,4 cv, torque máximo de 12,3 kgfm a 3000 rpm, velocidade final real de 159 km/h e aceleração de 0 a 100 em 15,7 Segundos. Quanto ao consumo na cidade fazia uma média de 8,3 km/l e na Estrada 13 km/l.
Já o Chevrolet Chevette SL 1986, era equipado com o confiável motor Chevrolet 1.6, de manutenção relativamente barata e descomplicada. O carro oferecia um dos melhores e mais confortáveis acabamentos dentro do segmento dos compactos no Brasil, um modelo de fácil revenda, além de ser o 4º carro mais barato do país na quele ano, ficando atrás apenas do VW Fusca e Fiat 147, que já se despediam do mercado, e do irmão Chevette hatch.
O compacto da Chevrolet ainda oferecia um câmbio muito macio e de engates precisos, a caixa de direção apesar de não ser hidráulica, era macia em manobras na cidade e preciso na estrada. O Chevette também era o único compacto nacional que oferecia motor dianteiro e tração traseira deixando o carro, com um peso muito bem distribuído, equilibrado e divertido de dirigir.
Os pontos negativos ficavam para a estrutura já ultrapassada, que fazia com que o modelo desvalorizasse no mercado dos seminovos e usados. Além da falta de elasticidade do conjunto motor e câmbio, que exigia que o proprietário andasse em marchas compatíveis com a velocidade do veículo, caso o proprietário em seu dia a dia utilizasse o veículo esticando muito as marchas, após dois ou três anos de uso teria dois problemas, queima de óleo e diminuição do tempo de vida útil do motor.
O Chevrolet Chevette 1986 era equipado com o motor Chevrolet 1.6 a álcool de 72 cv, torque máximo de 12,3 kgfm a 3200 rpm, velocidade final real de 150 km/h e aceleração de 0 a 100 em 16,9 Segundos. Quanto ao consumo na cidade fazia uma média de 7,4 km/l e na Estrada 11 km/l.
