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Fiat Chrysler Automobiles e a impressionante saga do 147

Fiat Chrysler Automobiles
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Fiat Chrysler Automobiles e a impressionante saga do 147, o audacioso projeto compacto no Brasil, para encarar de frente os compactos Volkswagen que dominavam largamente o mercado brasileiro, com mais de 75% dos veículos emplacados.

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Desembarcar em um país de terceiro mundo, em plano regime militar, com as fronteiras comerciais fechadas, e instalar toda uma estrutura de concessionárias, em um território com extensão continental, 8.516.000 km², não era uma tarefa nada fácil.

Outro grande obstáculo para a montadora, era convencer o público brasileiro que seu compacto era bom e barato, que entregaria a famosa ótima relação custo benefício. Mas os primeiros anos mostraram que o trabalho seria maior que o setor de marketing de Turim imaginava.

Convencer brasileiros acostumados desde 1950 com os modelos alemães refrigerados a ar, a comprar um Fiat 147, entre os anos de 1976 e 1978 foi bem difícil, mas a montadora conseguiu alcançar seus objetivos.

Um forte trabalho de marketing em intervalos comerciais de rádio e TV, além de veículos gentilmente cedidos para programas de TV e novelas, fizeram as vendas entre 1976 e 1978 alcançarem seus primeiros milhares de vendas para pessoa física, a chamada venda direta na concessionária.

Mas o que realmente manteve o projeto vivo no Brasil entre 1976 e 1978, foram os contratos com governos municipais e estaduais de alguns estados, principalmente Minas Gerais, onde ficava a fábrica da montadora, localizada na Cidade de Betim. A troca de veículos por descontos tributários acabou beneficiando a Fiat, que vendeu milhares de unidades em lotes direto da fábrica.

Outra grande dúvida de muitos fãs da montadora aqui no Brasil é: Como a Fiat conseguiu entrar em nosso país em pleno regime militar, e com as fronteiras comerciais fechadas? A resposta é simples, a montadora não veio para o Brasil, ela já estava aqui.

Na prática a parceira Alfa Romeo que já estava no Brasil a mais de uma década, produzindo motores e veículos de luxo, apenas fez algumas alterações em seus contratos e inicialmente a Fiat no Brasil era uma subsidiária. Anos depois a situação se inverteu.

Voltando a falar do projeto Fiat 147, o hatch compacto italiano trouxe várias inovações para o Brasil, desembaçador elétrico do vidro traseiro, motor transversal, entregando uma ótima relação força X consumo para um compacto da época.

Mas o modelo tinha seu calcanhar de Aquiles, seu câmbio desconfortável e de engates imprecisos fez muitos brasileiros desistirem de comprar o modelo.

Fiat Chrysler Automobiles foram fábricados no Brasil 709.230 unidades, sendo que 536.591 ficaram no País. Mais 87.184 unidades da picape City, 115.986 unidades da perua Panorama, 20.419 unidades do sedã Oggi, 172.086 unidades (sendo que apenas 19.575 ficaram no Brasil) do 147 Fiorino e 12.848 exemplares do 147 furgão. O Fiat 147 foi o carro brasileiro com maior número de derivados entre 1976 e 1986.

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O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos.

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