Fiat 147 GL 1978 a impressionante capacidade da marca em criar uma rede de concessionárias, em um curto espaço de tempo. Em 1976 a montadora desembarca no Brasil, uma aposta extremamente arriscada.
Para um país de terceiro mundo, com as fronteiras comerciais fechadas, e com o mercado dos compactos literalmente dominado pelos refrigerados a ar Volkswagen, e com o Chevrolet Chevette ganhando espaço ano a ano. Lançar um novo compacto com uma proposta bem diferente da realidade dos brasileiros, exigiu coragem e muito investimento da Fiat.
Mas na verdade a Fiat não veio para o Brasil de cara para o vento. Conseguir montar uma fábrica em um país com as fronteiras comerciais fechadas, seria uma tarefa quase impossível. Mas na prática a montadora já estava aqui. Bastou se registrar como uma subsidiária da existente irmã Alfa Romeo que já produzia carros em solo brasileiro, e pronto já estava habilitada para produzir veículos.
Nos anos seguinte a Fiat absorveu a Alfa Romeu, e se tornou montadora oficial no Brasil. Mas o que chamou mais a tenção, foi a impressionante capacidade de espalhar concessionárias por todo o território nacional. Em um país com extensão territorial de 8.514.876 km².
Mas em 1978 todos os estados brasileiros incluindo o Distrito Federal, além das principais cidades do Brasil, já tinham uma concessionária Fiat. A montadora ainda tinha parceria com diferentes empresas de socorro mecânico, como a Touring Club.
Proprietários em cidades mais distantes, sem concessionárias, poderiam acionar a empresa de socorro, onde o carro era levado a concessionária mais próxima para as devidas revisões, mas o plano só era gratuito enquanto o veículo estivesse no prazo de garantia de fábrica.
Modelos como o Fiat 147 GL 1978, que era uma das versões mais comercializadas para pessoa física, com vendas diretas nas concessionárias, e em 1979 as versões GLS e Rallye 1.3. Faziam parte do projeto da montadora de assistência direta ao cliente, com direito a mecânico e borracheiro no local.
Para muitos, a montadora italiana no Brasil, não passaria de um grande fiasco, e seus veículos uma grande dor de cabeça para os proprietários. Mas na prática não foi bem assim. Em 10 anos de comercialização do Fiat 147, foram produzidos na fábrica de Betim MG, 709.230 veículos, sendo 172.639 unidades exportadas, e 536.591 unidades comercializadas em solo brasileiro.
Ficha Técnica – Fiat 147 GL – Ano 1978
Carroceria – Fiat hatch; Porte – Compacto; Portas – 2; Motor – Fiasa 1050; Cilindros – 4 em linha; Posição – Transversal; Peso Torque – 102,3 kg/kgfm; Tração – Dianteira; Combustível – Gasolina; Alimentação – Carburador.
Direção – Simples; Câmbio – Manual de 4 velocidades, alavanca no assoalho; Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 798 kg.
Comprimento – 3742 mm; Distância entre-eixos – 2225 mm; Potência – 55 cv; Cilindrada – 1048 cm³; Torque máximo – 7,8 kgfm a 3800 rpm; Potência Máxima – 5800 rpm; Aceleração de 0 a 100 – 18,8 Segundos.
Velocidade máxima – 138 km/h; Consumo: Cidade 12,3 km/l – Estrada 18,2 km/l; Autonomia: Cidade 467 km – Estrada 692 km; Porta malas – 350 Litros; Carga útil – 400 kg; Tanque de combustível – 38 Litros.
Valor atualizado Aproximado – R$ 81.900,00. Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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