A unidade aqui da nossa matéria é um Dodge V8, na versão esportiva Charger R/T, de 1978, na cor Branco Madagascar, com um lindo conjunto de faixas, em tons marrom e laranja em toda a extensão lateral, e o elegante teto em vinil na cor chateau, acompanhando o lindo acabamento interno.
No ano de 1978, os Muscle Car, aqui no Brasil ainda eram sinônimo de poder e muito bom gosto. Era bastante comum ouvir frases como “Carro rápido e forte é Dojão V8” ou “Carro de rico é Dodge Charger”. Mas no mesmo ano mudanças no sistema de alimentação e armazenamento de combustível deram sinais que o fim do sonho se aproximava.
Com a crise do petróleo no auge, e o preço dos combustíveis com valores estratosféricos, como nos dias de hoje, modelos como o Dodge V8, perdiam espaço para os modelos de médio porte. A Dodge fez uma tentativa que na prática podemos dizer que foi a chamada “pedalada”.
Os motores na versão esportiva tiveram diminuição de potência de 215 cv para 208 cv, a velocidade final de 180 km/h caiu para 173 km/h, outro detalhe curioso foi a agilidade, que entregava aceleração de 0 a 100 em 9,5 segundos para caiu 12 segundos. Resumindo a fera ficou mais mansa.
Outra jogada de marketing da montadora para burlar a crise do petróleo, foi o aumento do tanque de combustível que saiu de 62 litros e foi para 107 litros dando uma falsa sensação de economia. Mas a tendência também se estendeu para as demais montadoras como Ford e Chevrolet que tiveram que dar seu jeitinho para manter seus gigantes no mercado.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma estabilidade relativa, mesmo sendo um projeto desenvolvido no final da década de 1960, ainda era considerado atualizado para o final década de 1970, mas com um V8 em baixo do capô, somado a uma direção hidráulica pouco precisa, e uma suspensão muito macia, era sempre bom o motorista ficar atento para não ver o mundo girar.
Motor – Utilizando o motor Dodge V8 LA 318 de 208 cv, era robusto, confiável e com um giro bastante estável em altas rotações, mesmo com o ar – condicionado ligado. Mas o custo das manutenções preventivas e corretivas de um modelo zero km, estavam apenas ao alcance da classe alta.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, tinha engates precisos e macios, mas as relações na alavanca de marchas eram longas para um esportivo.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor elástico com muito fôlego que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e confiável.
Consumo – O consumo de 5 km/l na cidade, era uma marca registrada dos modelos de grande porte da época, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Redondos duplos na horizontal de lentes boleadas, embutidos com recuo atrás da grade de ar do motor;
Setas dianteiras – Embutidas entre os faróis;
Para – choques – Em largas lâminas de aço carbono cromados;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – Bipartida com lâminas na vertical;
Retrovisores Externos – Redondos cromados, com ajuste mecânico interno;
Frisos – Faixas laterais em tons marrom e laranja em toda a extensão lateral do carro;
Rodas – Tradicionais da família Dodge Charger;
Maçanetas – Cromadas;
Logo – “Charger R/T”, na lateral da coluna traseira;
Lanterna Traseira – Em cor única com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Metal e couro chateau;
Volante – De quatro raios estilo executivo, com acabamento em couro;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Opcional;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Não;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Ajuste mecânico interno;
Acabamento dos bancos – Em couro vermelho chateau;
Acabamento das portas – Em couro chateau e detalhes cromados;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Estilo poltronas;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros embutidos nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Dodge V8, na versão Charger R/T do ano de 1978
Carroceria – Cupê;
Porte – Grande;
Portas – 2;
Motor – LA 318 5.2;
Cilindros – 8 em V;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 208 cv;
Peso Torque – 36,3 kg/kgfm;
Cilindrada – 5212 cm³;
Torque máximo – 42 kgfm a 2400 rpm;
Potência Máxima – 4400 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1525 kg;
Suspensão dianteira – Independente, Braços sobrepostos – Barra de torção;
Suspensão traseira – Eixo rígido – Feixe de mola semielípticas;
Comprimento – 4960 mm;
Distância entre-eixos – 2820 mm;
Largura – 1810 mm;
Altura – 1390 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 12 Segundos;
Velocidade máxima – 173 km/h;
Consumo: Cidade 5 km/l – Estrada 8 km/l;
Autonomia: Cidade 535 km – Estrada 856 km;
Porta malas – 436 Litros;
Carga útil – 400 kg;
Tanque de combustível – 107 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 387.720,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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