Chevette automático 1985 o primeiro compacto com câmbio AT do País, o modelo utilizava o câmbio de 3 marchas Isuzu. Inovou no segmento dos compactos, e ao lado do irmão Monza e do SW Marajó, se tornaram líderes no mercado de carros PCD.
No Brasil veículos de grande porte já utilizavam câmbio automático desde a década de 1940, nos modelos Ford e Chevrolet. Apenas em 1979 um modelo de médio porte produzido em massa em solo brasileiro foi lançado com câmbio automático o Dodge Polara.
Mas em 1985 com a grande procura por carros automáticos principalmente para o público PCD, a Chevrolet enxergou uma grande lacuna no mercado dos compactos nacionais.
Porém montadora tinha disponível apenas modelos de alto custo, a família Monza e Opala, mesmo com os descontos oferecidos pelo Governo Federal para portadores de necessidades especiais, os carros ainda pesavam no bolso.
Mas em 1985 a marca inova, e coloca nas concessionárias seus compactos AT, Marajó automático e o Chevette automático tanto para as carrocerias hatchs como sedan: Mas como ficava o desempenho com o câmbio AT Isuzu 3 marchas.
Os modelos entregavam um desempenho tanto na cidade como na estrada mais modesto que as versões com câmbio manual, resultado natural para veículos AT, o consumo de combustível também ficava acima, principalmente dos modelos com câmbio 5 marchas, outro efeito também natural para a tecnologia AT da época.
As configurações com motor a gasolina, tinham um bom desempenho na estrada mas principalmente na área urbana, com aceleração de 0 a 100 em 18,5 segundos. Mas em velocidade final alcançava modestos 142 km/h.
O maior problema ficava para as configurações com os motores a álcool, apesar de serem mais ágeis na cidade e de melhor velocidade final na estrada. A partida a frio se tornava um pesadelo para os proprietários.
As instruções da fábrica para a partida a frio do Chevette automático a álcool, era a seguinte: Pressione o botão de injeção da gasolina, Puxe 100% o botão do afagador, após o giro do motor estabilizar, imediatamente empurre o botão do afogador em 40%, e aguarde por até 15 minutos para que o ponteiro que marca a temperatura do motor esteja no ponto ideal.
Em casos de saída com o carro em emergências com o motor a frio, injete gasolina, puxe o botão do afogador em 100% e saía com o carro, só recolha o botão do afogador com o carro em movimento, após o veículos estar totalmente aquecido. Ainda existiam unidades com afogador automático, mas o grande problema era que um simples toque no pedal do acelerador o afogador desarmava mesmo com o carro ainda frio.
Na teoria, o procedimento da marca de aquecer o motor a álcool dos modelos com câmbio automático funcionava perfeitamente. O grande problema, era que com o carro em movimento você não conseguia acelerar para aquecer e ainda manter o carro engrenado, por não existir o pedal de embreagem.
Se o motor apagasse no trânsito com o carro em movimento, também não existia a opção de pegar no tranco, também por não haver um pedal de embreagem. Problemas a parte, o modelo atendeu muito bem o mercado dos compactos, oferecia conforto na cidade e na estrada.
Hoje no mercado de carros clássicos, encontrar um Chevette automático é uma tarefa bastante difícil, com poucas unidades zero km vendidas, exemplares prontos para fazer parte de uma cervo como o da matéria, que nunca foi restaurado são os tradicionais mosca branca.
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