Charger RT como era dirigir um V8 durante a década de 1970: O modelo da matéria é um colecionável, que ainda mantém uma alta porcentagem de originalidade, equipado de fábrica com câmbio automático e ar condicionado.
Uma lenda que nesta configuração com todos os opcionais, tinha o preço na década de 1970 de um modelo de elite de grande porte dos dias de hoje, algo próximo dos R$ 700.000,00, em valores atualizados.
O que mais chama a atenção no carro, é a maneira de como conseguiram manter o veículo em perfeito estado de conservação, mesmo após 49 anos.
Equipamentos, adereços, pintura e o conjunto propulsor ainda são originais de fábrica. O mesmo acontece com o sistema de freios e suspensão, que se mantém em perfeito funcionamento.
Mas como era dirigir essa fera, com um motor V8 de 215 cv? No ano de 2018 o Motor Tudo conversou com o Srº Antônio da cidade de Santos litoral paulista, que foi proprietário de uma unidade zero km durante a década de 1970.
Galeria de Fotos 1 – Imagens brunelliveiculosantigos.com.br
Ele nos relatou que, subir uma serra ou grande ladeiras, era extremamente tranquilo, o feroz motor V8 318, não se abalava, quanto mais acelerava mais o carro andava, mesmo em subidas.
Ainda segundo o SRº Antônio, o grande problema era descer uma serra, com freios a lona nas rodas traseiras, uma suspensão muito macia e uma direção hidráulica pouco precisa, era uma verdadeira aventura.
Para fazer a curva em uma descida em alta velocidade, você tinha que planejar bem antes, a desaceleração, já deixar as mãos no volante bem posicionadas e firme, e saber exatamente o peso do pé no pedal do freio.
Pois um pequeno deslize, facilmente você veria o mundo girar. Em uma época onde não existia, toda a parafernália eletrônica como nos dias de hoje, você não dirigia um Dodge Charger RT V8, você literalmente pilotava.
Quanto ao consumo de combustível, era o que menos importava, antes ou durante a crise do petróleo, para quem tinha no bolso algo próximo dos R$ 700.000,00, para comprar e manter uma unidade zero km, fazer 4 ou 5 km/l não fazia a menor diferença.
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Ficha Técnica – Dodge Charger RT – Ano 1975
Carroceria – Dodge Cupê; Porte – Grande; Portas – 2; Motor – LA 318 5.2; Cilindros – 8 em V; Válvulas por cilindro – 2; Posição – Longitudinal; Combustível – Gasolina; Potência – 215 cv; Peso Torque – 35,5 kg/kgfm.
Cilindrada – 5212 cm³; Torque máximo – 42,9 kgfm a 2400 rpm; Potência Máxima – 4400 rpm; Tração – Traseira; Alimentação – Carburador; Direção – Hidráulica; Câmbio – Com alavanca no assoalho.
Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 1525 kg; Suspensão dianteira – Independente, Braços sobrepostos – Barra de torção.
Suspensão traseira – Eixo rígido – Feixe de mola semielípticas; Comprimento – 4960 mm; Distância entre-eixos – 2820 mm; Largura – 1810 mm; Altura – 1390 mm; Aceleração de 0 a 100 – 9,5 Segundos; Velocidade máxima – 180 km/h.
Consumo: Cidade 5 km/l – Estrada 8 km/l; Autonomia: Cidade 310 km – Estrada 496 km; Porta malas – 436 Litros; Carga útil – 400 kg; Tanque de combustível – 62 Litros.
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