Carro Puma original o fora de série que passou por um processo de restauração classe “A”, com vidros originais Fanavid Puma, interior em tons bege e marrom em perfeito estado, toca fitas Roadstar de época, rodas originais, painel com instrumentos originais.
O exemplar é um Puma GTE 1979, que impressiona tanto pela qualidade da restauração, como o bom gosto e a beleza do acabamento interno. A versão GTE foi produzida entre os anos de 1970 e 1980. Em 1979 a montadora teve o seu maior pico em vendas foram 3.595 unidades vendidas em um espaço de 12 meses, em todas as versões e configurações.
As filas de espera eram enormes, com as fronteiras comerciais fechadas, a fora de série Puma passou a ser a marca dentro do segmento mais procurada por jovens com muito dinheiro no bolso que buscavam um esportivo com um visual europeu.
Mas a montadora sofria do mesmo efeito político de todas as marcas fora de série do Brasil, como Gurgel e Miura. A falta de investimento, e apoio de grandes instituições financeiras e do governo federal, que estavam na mão das montadoras multinacionais, fizeram com que a Puma tivesse uma estrutura limitada.
Sem financiamento para conseguir ampliar sua linha de montagem e investir em projetos mais modernos, as filas de espera se estendiam e o número de unidades emplacadas era sempre limitado, em comparação as montadoras em série como a Volkswagen, que era a fornecedora de motores e câmbio para Puma e Gurgel.
Ao contrário de países como Suécia, Itália, Alemanha e Japão, que no final da década de 1940 e durante toda a década de 1950, após a segunda guerra mundial, investiram alto em suas montadoras, para gerar empregos, e fazer com que o país voltasse a crescer. O resultado foi que a partir da década de 1970, na Suécia, Volvo e Scania passaram a ser a maior fonte de renda do país.
Efeito parecido ocorreu com o Japão e Alemanha, onde Honda, Toyota, Mitsubishi, Nissan, e na Alemanha, o grupo Volkswagen/Audi/Porsche, se tornaram os pilares financeiros e tecnológico, de ambas as nações. Por aqui Gurgel, Puma, Miura entre outras sem investimentos não passaram de um sonho.
Voltando a falar do Carro Puma original da nossa matéria, os modelos da marca no mercado de carros clássicos vem ganhando força. Até o ano de 2021, ainda era um colecionável de fácil acesso, ideal para um brinquedo de fim de semana com valores, que oscilavam entre R$ 25.000,00 e R$ 45.000,0. Mas cada vez com menos unidades disponíveis para colecionadores os preços já estão chegando no mesmo patamar da família Opala.
Ficha Técnica – Carro Puma original – A versão GTE de 1979
Carroceria – Cupê; Porte – Compacto; Portas – 2; Motor – VW Boxer 1600; Cilindros – 4 opostos horizontalmente; Válvulas por cilindro – 2; Posição – Longitudinal; Combustível – Gasolina; Potência – 70 cv.
Peso Torque – 63,8 kg/kgfm; Cilindrada – 1584 cm³; Torque máximo – 12,3 kgfm a 3000 rpm; Potência Máxima – 4700 rpm; Tração – Traseira; Alimentação – Carburador; Direção – Simples; Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho; Embreagem – Monodisco a seco.
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 785 kg; Suspensão dianteira – Independente, braço arrastado – Barra de torção; Suspensão traseira – Independente, semi-eixo oscilante – Barra de torção; Comprimento – 4000 mm.
Distância entre-eixos – 2150 mm; Largura – 1665 mm; Altura – 1200 mm; Aceleração de 0 a 100 – 16,7 Segundos; Velocidade máxima – 158 km/h; Consumo: Cidade 11 km/l – Estrada 13 km/l; Autonomia: Cidade 451 km – Estrada 533 km.
Porta malas – 50 Litros; Carga útil – Não informado; Tanque de combustível – 41 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 245.725,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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