Ford Galaxie 1968 a segunda fornada do carro mais moderno produzido em solo brasileiro. Lançado em 16 de fevereiro de 1967, do dia para noite transformou todos os carros de passeio produzidos em solo brasileiro em desatualizados. Um projeto muito moderno para os padrões de um país de terceiro mundo.
Já em 1968, se tornou objeto de desejo em todo o território nacional, e o carro de passei mais caro já produzido por aqui. Uma curiosidade foi que os modelos produzidos entre fevereiro de 1967 e janeiro de 1968, os retrovisores externos eram oferecidos apenas como opcional, a partir de fevereiro de 1968 passam a ser itens de série. Difícil imaginar dirigir e manobrar um carro com mais de 5 metros de comprimento e 2 de largura, sem retrovisores.
Tanto a Ford como sua subsidiária Willys Overland, entre o final da década de 1960 e início dos anos de 1970, eram grandes parceiros do governo federal e governos estaduais, fornecendo utilitários para estatais, e grande empreiteiras do ramo da construção civil, para as faraônicas obras em território brasileiro.
A Ford não perde tempo, e logo no lançamento de seu gigante de luxo, firma grandes contratos com governo federal e estaduais, para escoar a produção em massa. No ano seguinte o Ford Galaxie 1968, se tornou o principal veículo de deputados, senadores, ministros, governadores e prefeitos das principais cidades do país.
As vendas nas concessionárias para pessoa física, também agradaram aos olhos da montadora, empresários e comerciantes bem sucedidos, além de executivos de grandes empresas, dos grandes centros, se tornaram os principais consumidores do Ford Galaxie 1968. Mas a Ford ainda tinha dois nichos de mercado bastante rentáveis.
Profissionais liberais bem sucedidos, como advogados, médicos, engenheiros e arquitetos, além dos empreendedores da zona rural, como fazendeiros, também correram para as concessionárias para adquirir o carro mais moderno e mais luxuoso fabricado no Brasil até aquele ano.
A concorrência não assustou a montadora americana. A Chevrolet só lançou o Opala no final de 1968 já como modelo 1969, e as vendas só alavancaram a partir do segundo semestre de 1969, mesmo assim o opala estava posicionado economicamente abaixo do Ford Galaxie.
O Dodge Dart só chegou em 1969, também considerado um projeto moderno para os padrões brasileiros, como o Opala e o Galaxie. Mas as montadoras foram inteligentes, e cada uma posicionou seu modelo de luxo, em um patamar econômico diferente. Ford Galaxie o mais caro, seguido pela família Dodge V8 e na sequência a família Opala 6 cilindros.
Ficha Técnica – Ford Galaxie 1968
Carroceria – Ford sedã; Porte – Grande; Portas – 4; Motor – Ford 4.8; Cilindros – 8 em V; Posição – Longitudinal; Tuchos – Hidráulicos; Tração – Traseira; Combustível – Gasolina; Alimentação – Carburador.
Direção – Hidráulica; Câmbio – manual com alavanca na coluna de direção; Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 1780 KG; Comprimento – 5440 mm; Distância entre-eixos – 3020 mm.
Potência – 190 cv; Cilindrada – 4786 cm³; Torque máximo – 37,1 kgfm a 2400 rpm; Potência Máxima – 4400 rpm; Aceleração de 0 a 100 – 17,4 Segundos; Velocidade máxima – 160 km/h; Consumo: Cidade 5,5 km/l – Estrada 7 km/l; Autonomia: Cidade 374,5 km – Estrada 749 km.
Porta malas – 400 Litros; Carga útil – Não informado; Tanque de combustível – 107 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 500.000,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos.
