Fusca 1978 os primeiros sinais de desatualização que forçaram o início dos projetos BY e BX. Para muitos o projeto do VW Gol era para substituir o VW Brasília, mas oficialmente a montadora já procurava uma solução para o possível fim do besouro.
Entre os anos de 1973 e 1978, as vendas do moderno compacto Chevrolet Chevette cresciam ano a ano, entre 1977 e 1978 o sedan da GM deu um salto de 20.420 unidades a mais vendidas de uma ano para o outro. Foram 65.964 veículos produzidos em 1977 e 86.384 exemplares em 1978. Números que assustaram a Volkswagen.
O VW Brasília também vinha em um ritmo crescente em vendas, mas em passos mas modestos. Apesar dos modelos refrigerados a ar da montadora alemã ainda serem os lideres em vendas. O VW Fusca, vinha na contra mão, e entre os anos de 1973 e 1978, vendia uma média de 10.000 unidades a menos a cada ano.
Outro fator determinante para a real preocupação da Volkswagen, foi o anúncio em 1978 do projeto dos derivados da família Chevette, a carroceria hatch que chagaria entre 1979 e 1980 e o a carroceria SW, ambos mais modernos que as plataformas do VW Brasília, Fusca e VW Variant. O Fiat 147 também vinha em ascensão em vendas, de maneira mais modesta, porém a montadora italiana tinha nas mãos um projeto moderno, com muito espaço para novos upgrades.
A Volkswagen recorre a matriz da Alemanha em busca de uma solução, e ainda em 1978 a montadora anuncia o projeto BY, que seria trazer o VW Polo para o Brasil em uma possível substituição ao Fusca. Mas na Europa o modelo já estava se preparando para entrar na geração MK2, uma plataforma muito cara para os padrões de um país de terceiro mundo.
A solução foi o projeto BX o VW Gol, que utilizou como base a plataforma do Polo MK1. Lançado em 1980, ele transformou o irmão VW Brasília em um projeto desatualizado da noite para o dia, e acabou dando sobre vida ao Fusca que durou até 1986.
O VW Fusca 1978, mesmo com as vendas em queda livre, ainda se mantinha na liderança como o carro nacional mais emplacado, foram 165.661 unidades emplacadas naquele ano, contra 157.700 unidades do irmão VW Brasília e 86.384 unidades dos Chevrolet Chevette, que na prática era um compacto posicionado um degrau acima dos modelos refrigerados a ar, com um preço mais salgado.
Ainda em 1978 o besouro recebeu importantes upgrades. O interruptor do pisca alerta foi transferido para coluna de direção como a alavanca de seta. A chave de ignição e abertura de portas passa a ser única, deixando para trás o desconfortável molho de chaves. O modelo a partir de dezembro do mesmo ano passa a ter a troca de óleo a cada 7.500 km.
Ficha Técnica – Fusca 1978 – Versão 1300
Carroceria – VW Sedã; Porte – Compacto; Portas – 2; Motor – Volkswagen Boxer 1300; Cilindros – 4 opostos na horizontalmente; Válvulas por cilindro – 2; Posição – Longitudinal; Combustível – Gasolina.
Potência – 46 cv; Peso Torque – 85,7 kg/kgfm; Cilindrada – 1285 cm³; Torque máximo – 9,1kgfm a 2600 rpm; Potência Máxima – 4600 rpm; Tração – Traseira; Alimentação – Carburador.
Direção – Simples; Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho; Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Freio a tambor nas 4 rodas; Peso – 780 kg; Suspensão dianteira – Independente, braços arrastados – Barra de torção.
Suspensão traseira – Independente semi-eixo oscilante – Barra de torção; Comprimento – 4026 mm; Distância entre-eixos – 2400 mm; Largura – 1540 mm; Altura – 1500 mm; Aceleração de 0 a 100 – 39,1 Segundos; Velocidade máxima – 117 km/h.
Consumo: Cidade 7 km/l – Estrada 11 km/l; Autonomia: Cidade 287 km – Estrada 451 km; Porta malas – 141 Litros; Carga útil – 380 kg; Tanque de combustível – 41 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 82.990,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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