Santana 93 e o jogo de xadrez contra os modernos Vectra e Tempra e os japoneses Civic e Corolla. A segunda geração do Volkswagen Santana foi basicamente um facelift na carroceria e no acabamento interno, com alguns upgrades nos motores AP 1.8 e 2.0.
Mas o médio da Volkswagen ainda utilizava a mesma plataforma que chegou a Brasil em 1984, mas que já rodava na Alemanha desde 1981. A montadora sem um médio de luxo mais moderno que conseguisse encaixar no mercado nacional com preço dentro da realidade do Fiat Tempra e Chevrolet Vectra e dos japoneses Civic e Corolla, promove uma solução caseira.
Em 1991 desenvolve uma nova carroceria para a já cansada plataforma do Passat B2. Reposiciona o modelo economicamente. Deixa de ser um médio de luxo de alto custo como foi durante toda a década de 1980, e passa a ser um médio de custo intermediário.
Com o preço nas concessionárias da unidade zero km bem abaixo dos modelos importados e dos nacionais mais modernos lançados por aqui no início da década de 1990, o Volkswagen Santana ganhou sobrevida.
Como já citado em outras matérias do Motor Tudo, a marca trouxe para o Brasil a geração B3 e na sequência a geração B4 da família Passat, mas já eram posicionados como modelos de grande porte com o custo no mesmo patamar de marcas de Elite como a irmã Audi.
A outra opção seria trazer o Jetta para o Brasil, mas além de abrir uma concorrência direta no quintal de casa com o irmã hatch o Volkswagen Golf, o sedan Jetta tinha um preço bem acima dos modelos Fiat Tempra, Chevrolet Vectra, Toyota Corolla e Honda Civic.
O VW Santana 93, na versões top de linha como a GLS 2000i, acabou se tornando uma excelente opção de compra para os fãs do modelos, uma unidade zero km, tinha um preço muito próximo das versões top de linha dos compacto Volkswagen, como Parati GLS 1.8 e do Voyage Sport 1.8S que seria comercializado em 1994.
Já as versões de entrada e intermediárias do Volkswagen Santana 93, acabaram se tornando um produto bastante interessante para a montadora realizar vendas em massa direto da fábrica, para frotistas e taxistas. As versões CL 1.8 e CLi 1.8 entre 1992 e 1994 se tornaram febre entre taxistas dos grandes centros.
Ficha Técnica – Santana 93 – Versão GLS 2000i – Ano 1993
Carroceria – Sedã; Porte – Médio; Portas – 4; Motor – VW AP 2.0 Mi; Cilindros – 4 em linha; Posição – Longitudinal; Peso Torque – 67,4 kg/kgfm; Tração – Dianteira; Combustível – Gasolina; Alimentação – Injeção Multiponto.
Direção – Hidráulica; Câmbio – Manual de 5 velocidades, alavanca no assoalho; Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 1180 kg.
Comprimento – 4572 mm; Distância entre-eixos – 2548 mm; Potência – 112 cv; Cilindrada – 1984 cm³; Torque máximo – 17,5 kgfm a 3400 rpm; Potência Máxima – 5600 rpm; Aceleração de 0 a 100 – 12,2 Segundos; Velocidade máxima – 173 km/h.
Consumo: Cidade 7,9 km/l – Estrada 12,4 km/l; Autonomia: Cidade 569 km – Estrada 893 km; Porta malas – 413 Litros; Carga útil – 440 kg; Tanque de combustível – 72 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 178.000,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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