O Ford 46 da nossa matéria, é a primeira geração de caminhões da montadora norte-americana que desembarcou no Brasil após a segunda guerra mundial. Um projeto do herdeiro do trono da empresa Henry Ford II em nosso país. Posteriormente ele voltou diversas vezes para chefiar novos empreendimentos, como a fábrica de caminhões que começou a produzir em 26 de agosto de 1957.
A rotina do presidente da montadora em investir em projetos para o Brasil, era mais comum do que parece. E durou até o final da década de 1960 quando ele gerenciou pessoalmente o projeto e lançamento do Galaxie, Henry Ford II teve uma ligação muito forte com a economia de nosso país.
O exemplar da nossa matéria, fez parte do primeiro lote importado a desembarcar no Brasil após o fim da segunda guerra. Era a fase de caça níquel, por parte das indústrias que se envolveram no conflito. Deixavam para trás a produção de veículos e armamentos bélicos, e voltam a produzir veículos de passeio e utilitários civis.
Países subdesenvolvidos ainda com perfil rural, mas com um economia ativa, como Brasil, África do Sul e México, foram os principais alvos da Ford, que passou inicialmente a exportar utilitários direto dos E.U.A, e posteriormente implantando suas fábricas. O foco eram fazendeiros, empresários de médio e grande porte, e órgãos públicos. Que compravam os caminhões importados como o Ford 46. Com as exportações a montadora levantou fundos para sua produção mundial em massa.
No Brasil durante as décadas de 1950 e 1960, os caminhões Ford, serviram nas fábricas de tecidos de São Paulo, e nas fazendas do Sul e nordeste do País, eram verdadeiros burros de carga, transportando toneladas de lenha ou alimentos, em uma época onde as regras de peso e volume de carga, era o que menos interessava.
Durante as décadas de 1970 e 1980, ainda eram vistos pelas ruas muitas unidades do final da década de 1940 e da década de 1950. A grande maioria, já em estado de sucata, trabalhando como burros de carga com transporte de hortifrutis para feirantes, em pequenas empresas de construção civil e lojas de materiais de construção. Era fácil ver unidades carregadas de sacos de cimento com o para-choque traseiro praticamente arrastando no chão, o preço de um modelo já em estado de sucata na época, ficava em torno de R$ 5.000,00 em valores atualizados.
Já no início da década de 1990, com o início da febre dos colecionáveis, muitas unidades foram recuperadas e restauradas, hoje um exemplar pode passar fácil dos R$ 200.000,00, dependendo da qualidade da restauração e do nível de originalidade de peças e acessórios. O veículo da nossa matéria ´do ano de 1946 a geração importada, um Ford 46, que no processo de restauração recebeu motor diesel Q20B e caixa de câmbio da chevrolet D20.
Acabamento Externo Fotos
Acabamento interno Fotos
O caminhão Fotos
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