Desde 2004, com a chegada do VW Polo, a montadora iniciou o processo para descontinuar o VW Gol, posteriormente o com lançamento do VW UP, e recente mente, com o VW Polo, mas o Gol continua ai firme, e é o líder em vendas, sinal que a política da montadora mudou bastante.
Entre os anos de 1978 e 1979, inicia o projeto BY para trazer o VW Polo para o Brasil, sem sucesso, a Volkswagen então da início ao projeto BX, no mesmo período o VW Brasília emplaca 308.314 unidades, número bastante significativos para um compacto em um país de terceiro mundo.
Em 1980 nasce o VW Gol, e no ano seguinte, o modelo VW Brasília LS 1981, se torna uma plataforma evidentemente desatualizada, e a montadora inicia o processo para no ano seguinte, descontinuar o seu hatch compacto, e abrir espaço para a produção de toda a linha BX. São encerrados no segundo semestre os comerciais de TV, rádio, e cancelado as facilidades para frotistas. As vendas despencam e no ano seguinte, em 1982 o modelo chega ao fim.
Se existisse a mesma política de hoje, o VW Brasília, poderia ter ganho um upgrade mais significativo, com o motor refrigerado a ar Boxer 1600, montado na posição dianteira e a suspensão do VW Varinat II. o VW Gol já poderia ter nascido em 1980, com o motor BR 1.5 refrigerado a água, e teríamos os três compactos no mercado, VW Fusca, novo VW Brasília e o Gol com motor refrigerado a água 1.5. Aos moldes do que acontece hoje, VW Gol, VW Fox e VW Polo, todos sendo produzidos juntos nos últimos anos, e cada um com seu nicho de mercado.
A unidade aqui da matéria, o VW Brasília LS 1981, é um modelo para colecionadores, mantem o mesmo estado de originalidade, com acabamento interno e externo em tons marrons, equipada com, desembaçador elétrico do vidro traseiro, relógio analógico e vidros verdes, além do lindo painel com os mostradores do Polo alemão.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto carroceria, chassi e suspensão, era relativamente eficiente, considerando a tecnologia da época. Em curvas de alta com o piso molhado era sempre bom o motorista ficar atendo a saídas de pista, mas em um país, onde a grande maioria das vias, eram de ruas estreitas de paralelepípedo ou de chão batido, ele tinha a suspensão ideal.
Motor – O motor Volkswagen Boxer 1600, era de manutenção descomplicada e de baixo custo, mas em meses mais quentes, era necessário estar em dia com as manutenções de platinado e bobina.
Câmbio – O câmbio do VW Brasília chegou ao final da década de 1980, com uma estrutura mais robusta e engates mais eficientes.
Retomadas e ultrapassagens – Atendia as expectativas para um compacto do início da década de 1980, mas em pistas de mão dupla, coma carga máxima de peso, era sempre bom o motorista negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – Para um motor 1600 de um modelo compacto, fazer 9 km/l na cidade era uma ótima média, mais detalhes na ficha técnica.
Acabamento Externo
Faróis – Redondos, embutidos com recuo, de lentes boleadas, duplas na horizontal;
Setas dianteiras – Embutidas no para-choque;
Para – choques – Cromados, em lâminas de aço carbono;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – Entrada de ar forçado nos para-lamas traseiros;
Retrovisores Externos– De plástico preto;
Frisos – Emborrachado, com detalhes cromados em toda a extensão lateral;
Rodas – Rodas de aço tradicionais da família VW Brasília;
Maçanetas – Cromadas;
Logo – “Brasília LS” na tampa do motor;
Lanterna Traseira – Bicolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala circular;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em vinil marrom;
Volante – De plástico injetado de dois raios, da família BX;
Sistema de som – Opcional;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Sim;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em courvin e tecido aveludado marrom;
Acabamento das portas – Em courvin e carpete, nas cores bege e marrom, com detalhes cromados;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros, nos bancos dianteiros, com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Traseiro e dianteiro, emborrachados;
Ficha Técnica – VW Brasília LS 1981
Carroceria – Hatch;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – Volkswagen Boxer 1600;
Cilindros – 4 opostos horizontalmente;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 65 cv;
Peso Torque – 77,4 kg/kgfm;
Cilindrada – 1584 cm³;
Torque máximo – 11,4 kgfm a 3200 rpm;
Potência Máxima – 4600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 906 kg;
Suspensão dianteira – Independente, braço arrastado – Barra de torção;
Suspensão traseira – Independente semi-eixo oscilante – Barra de torção;
Comprimento – 4040 mm;
Distância entre-eixos – 2400 mm;
Largura – 1606 mm;
Altura – 1438 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 21,9 Segundos;
Velocidade máxima – 131 km/h;
Consumo: Cidade 9 km/l – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 414 km – Estrada 506 km;
Porta malas – 140 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 46 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 74.180,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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