No ano de 1983, o Ford Corcel, foi o 7º carro mais vendido do Brasil, emplacando em todas as suas versões e configurações, 42.358 unidades.
Em 1983 a Ford cria uma série especial para homenagear o GP Brasil de Formula 1, com as cores preta e faixas douradas, coincidência ou não, lembrando as cores da equipe Lotus “Preto e dourado”.
No início da década de 1980 a Ford era fornecedora de motores para algumas equipes de F- 1, e no GP Brasil, dia 13 de março de 1983 a montadora americana resolveu homenagear a equipe Lotus, que utilizava o motor Ford Cosworth DFY 3.0 V8. No meio da temporada a Lotus mudou de chassi e motor, para o Renault-Gordini EF1 1.5 V6 turbo.
Na verdade era versão do Corcel 2 L, transformada na linda série especial, que deixou saudades.
Com um motor de apenas 72 cv líquidos, no álcool, o Corcel II Campeões, encantava mais pela sua beleza, eu defino o carro em uma só palavra “Lindo”.
O que mais chamava a atenção era o acabamento externo, preto com faixas dourados, rodas de aço do tradicional corcel II, mas pintadas com o fundo preto e os raios em dourado, e para-choques pintados em preto fosco, os dianteiros eram equipados com faróis de neblinas na parte de baixo.
Em 1983 Ayrton Senna ainda estava na Formula 3 inglesa, mas já era garoto propaganda da Ford no Brasil e em alguns países da Europa, acho que nem o mais otimista do setor de marketing da montadora Ford, imaginaria que a partir de 1984 ele se tornaria um dos mais completos ou o mais completo piloto de Formula 1 de todos os tempos.
Voltando a falar da série especial Corcel Campeões, a ideia foi brilhante em todos os sentidos, a homenagem, a cor e o estilo do carro, mas infelizmente nem tudo que é bom e belo faz sucesso, o carro foi um fracasso de vendas e hoje é uma das maiores raridades automotivas dos anos 80 aqui no Brasil.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma boa estabilidade, mas a suspensão muito macia, deixava o carro instável em curvas de alta, e em altas velocidades em retas.
Motor – Utilizando o motor 1.6 de 72 cv, era confiável e econômico, mas para um carro que queria passar um ar mais esportivo, ficava longe da realidade, indo de 0 a 100 em 19,5 segundos.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, não tinha as relações muito curtas, mesmo assim deixava o carro confortável para dirigir tanto na estrada quanto na cidade.
Retomadas e ultrapassagens – Não era o mais eficiente do mercado, mas fazia seu papel com relativa segurança.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros a álcool de um carro de médio porte, fazer 11 km/l na estrada, estava dentro doe esperado.
Ficha Técnica
- Carroceria – Cupé;
- Porte – Médio;
- Portas – 2;
- Motor – 1.6;
- Cilindros – 4 em linha;
- Posição – Longitudinal;
- Peso Torque – 76,13 kg/kgfm;
- Tração – Dianteira;
- Combustível – Álcool;
- Alimentação – Carburador;
- Direção – Simples;
- Câmbio – Manual de 5 velocidades, alavanca no assoalho;
- Embreagem – Monodisco a seco;
- Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
- Peso – 944 kg;
- Comprimento – 4467 mm;
- Distância entre-eixos – 2438 mm;
- Potência – 72 cv;
- Cilindrada – 1555 cm³;
- Torque máximo – 12,4 kgfm a 2800 rpm;
- Potência Máxima – 4800 rpm;
- Aceleração de 0 a 100 – 19,5 Segundos;
- Velocidade máxima – 146 km/h;
- Consumo: Cidade 6,3 km/l – Estrada 11 km/l;
- Autonomia: Cidade 359,1 km – Estrada 627 km;
- Porta malas – 380 Litros;
- Carga útil – Não informado;
- Tanque de combustível – 57 Litros;
- Valor atualizado Aproximado – R$ 144.520,00;
- Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens – Século 20 Veículos de Coleção