No ano de 1973, o Ford Corcel em todas s suas versões e configurações, foi o 2º carro mais vendidos do Brasil, emplacando 61.105 unidades.
Ano que a montadora reposiciona seu projeto, deixa de ser um modelo compacto e passa a ocupar o mercado de veículos de médio porte. Tudo para encarar a enxurrada de novos lançamentos que chegaram ao Brasil.
No segmento dos compactos, Volkswagen Brasília e Chevrolet Chevette, chegam com força total. No ano anterior a versão esportiva do Ford Corcel, havia ganho um concorrente de peso, o VW SP2, que era um compacto com um posicionamento econômico de carro médio, aos moldes do modelo Ford.
Já no segmento dos médios em 1973, é lançado o Dodge 1800, que apesar dos problemas inicias no sistema de alimentação, era um concorrente de respeito. E o anúncio que, no ano seguinte a Volkswagen desembarcaria do Brasil com seu projeto mais atualizado, o VW Passat.
A montadora norte americana, para manter vivo seu produto no mercado, que era o carro nacional de custo intermediário mais vendido, acabou realizando um facelift bastante significativo no visual.
As versões de entrada, intermediária e top de linha, ganham o mesmo conjunto propulsor do esportivo GT, o motor Sierra/XP 1.4. As novas configurações chegam nas concessionárias com mais fôlego, ainda bastante econômicos e com um visual rejuvenescido, o resultado foram vendas garantidas até 1976/77.
O ponto negativo ficou para o Corcel GT, que até 1972 era a versão mais rápida e nervosa, mas a partir de 1973 a diferença de desempenho praticamente era a mesma, das demais versões da família Corcel.
Oficialmente a ficha técnica informa que o Corcel esportivo entregava 10 cv a mais de força, também era 10 km/h mais rápido em velocidade final, e aceleração de 0 a 100 era em média 2 segundos mais ágil.
Mas na prática no dia a dia, a diferença em desempenho entre todas as verões praticamente não existia. O grande diferencial da configuração esportiva, ficava mais por conta dos adereços.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, era bastante equilibrado, oferecendo segurança e eficiência em curvas de alta, e em altas velocidades em retas. Mas a nova geração Corcel 2, perdeu com a nova suspensão muito macia.
Motor – O baixo consumo de combustível, e o tempo de vida útil, que o motor conseguia entregar, além da manutenção descomplicada, eram os pontos fortes do carro.
Câmbio – Era macio e eficiente, mas o engate da ré fazia muito barulho, nada muito normal para um modelo médio.
Retomadas e ultrapassagens – Seguro e muito eficiente, ficava entre os melhores do mercado, no segmento dos médios e compactos, na década de 1970.
Consumo – Mesmo com o motor 1.4 de 85 cv bruto ou 72 cv líquido, ainda entregava um bom desempenho com economia, fazendo 9,8 km/l na cidade.
Ficha Técnica
- Carroceria – Ford Cupê;
- Porte – Médio;
- Portas – 2;
- Motor – Cléon Fonte 1.4;
- Cilindros – 4 em linha;
- Válvulas por cilindro – 2;
- Posição – Longitudinal;
- Peso/Torque – 82,9 kg/kgfm;
- Tração – Dianteira;
- Combustível – Gasolina;
- Alimentação – Carburador;
- Direção – Simples;
- Câmbio – Manual de 4 velocidades, alavanca no assoalho;
- Embreagem – Monodisco a seco;
- Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
- Peso – 962 kg;
- Comprimento – 4471 mm;
- Distância entre-eixos – 2438 mm;
- Largura – 1621 mm;
- Altura – 1374 mm;
- Potência – 85 cv bruto – Aproximadamente 72 cv líquidos;
- Cilindrada – 1372 cm³;
- Torque máximo – 11,6 kgfm a 3600 rpm;
- Potência Máxima – 5400 rpm;
- Aceleração de 0 a 100 – 16,6 Segundos;
- Velocidade máxima – 144 km/h;
- Consumo: Cidade 9,8 km/l – Estrada 12 km/L;
- Autonomia: Cidade 500 km – Estrada 612 km;
- Porta malas – 380 Litros;
- Carga útil – Não Informado;
- Tanque de combustível – 51 Litros;
- Valor atualizado Aproximado – R$ 175.990,00.
- Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens – mascote classicos.com.br