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Fusca a álcool, da Telesp, o primeiro escada no teto

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O Fusca a álcool da nossa matéria, é um Fuscão 1500 do ano de 1974, que no final da década de 1970 recebeu o kit proálcool do governo federal, que convertia carros a gasolina de empresas governamentais em motores a álcool. Foram os primeiros veículos no Brasil a receberem o projeto.

Durante as décadas de 1960, 1970 e 1980, comprar uma frota de carros zero km, mesmo para empresas estatais, era bastante difícil. As empresas utilizavam os mesmos veículos durante anos, retificando os motores e restaurando as carrocerias. Na prática, também existia um mercado negro dentro dos setores governamentais, muito bem retratado no filme Tropa de Elite 1, onde grupos negociam peças e propinas para realizarem as manutenções dentro da própria empresa.

Quando o álcool foi oficialmente liberado pelo Governo federal, os primeiros carros a serem convertidos ou saírem de fábrica, já com o novo combustível, foram destinados para estatais. Na sequência o mercado foi aberto para empresas privadas e pessoa física. Hoje é comum achar unidades do início ou meio da década de 1970, que foram convertidas para álcool na década de 1980, quando o combustível era bem mais barato que a gasolina, e o marketing governamental que oferecia infinitas vantagens, corria solto pelo Brasil.

Para quem não é do estado de São Paulo, a Telesp era a companhia de telefonia fixa do estado, uma estatal, como foi a Telemig em Minas Gerais e a Telerj no RJ. Aos moldes do que aconteceu na década de 1990 e início dos anos 2000, quando essas empresas foram privatizadas, e passaram a utilizar unidades zero km em massa do Fiat Uno. Entre os anos de 1960 e 1986, a bola da vez com escada no teto era o Fusca a álcool.

O exemplar da nossa matéria, após sua aposentadoria no final da década de 1980, foi comprado por um colecionador, que manteve todo o visual interno e externo da época, mas fez novamente a conversão do motor para gasolina.

Desempenho – Na configuração a álcool

Estabilidade – O conjunto do projeto, era considerado atualizado para a época, com um desempenho modesto em curvas de alta e em piso molhado.

Motor – O motor Volkswagen Boxer 1500, era de manutenção descomplicada, porém com o combustível derivado da cana de açúcar, exigia manutenções preventivas constantes, e as manutenções corretivas também se tornavam mais frequentes.

Câmbio – O câmbio 4 marchas era eficiente de engates precisos.

Retomadas e ultrapassagens – Atendia as expectativas para um compacto popular da década de 1970/80, mas com o motor ainda frio, era bom o motorista ficar atento em ultrapassagens e em cruzamento, afogar ou falhar fazia parte do dia a dia dos carros a álcool da primeira metade da década d e1980.

Consumo – Para um motor 1500 a álcool de um modelo compacto, fazer 4,5 km/l na cidade era considerado um consumo alto mesmo para a época, mas com o preço bem abaixo da gasolina se tornava tolerável, mais detalhes na ficha técnica no final do post.

Acabamento Externo

Faróis –  Redondos de lentes planas;

Setas dianteiras – Posicionadas sobre os para-lamas;

Para – choques –  Em lâminas de aço carbono cromados;

Faróis de neblina – Não;

Grade de ar do motor – Entrada de ar forçada na tampa do motor;

Retrovisores Externos– Estilo raquete;

Frisos – Metálico em toda a extensão lateral;

Rodas – Rodas de aço tradicionais da família VW, com lindas calotas cromadas;

Maçanetas – cromadas;

Logo – “1500” na tampa do motor;

Lanterna Traseira – Bicolor com luz de ré;

Bagageiro – Não;

Teto Solar – Não;

Limpador do vidro traseiro – Não;

Acabamento Interno

Painel – Com mostradores básicos em escala circular;

Conta – giros – Não;

Acabamento do painel – Em aço, na cor da carroceria e vinil preto;

Volante – De dois raios, com a meia lua cromada para acionamento da buzina;

Sistema de som – Não;

Ventilador – Sim;

Ar – condicionado – Não;

Ar –  quente – Sim;

Luz de leitura – Não;

Relógio – Não;

Acendedor de cigarros – Sim;

Cinzeiro – Sim;

Acionamento dos vidros – Manual basculante;

Sistema de travamento das portas – Mecânico;

Ajuste dos retrovisores externos – Manual;

Acabamento dos bancos – Em courvin;

Acabamento das portas – Em courvin e detalhes cromados;

Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;

Banco traseiro – Sem acessórios;

Encosto de cabeça – Não;

Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;

Assoalho – Emborrachado;

Porta-malas – Emborrachado;

Ficha Técnica – Fusca a álcool – Ano 1974 – Com motor 1500 convertido

Carroceria – Sedã;

Porte – Compacto;

Portas – 2;

Motor –  Volkswagen Boxer 1500;

Cilindros – 4 opostos na horizontalmente;

Válvulas por cilindro – 2;

Posição – Longitudinal;

Combustível – Gasolina;

Potência – 56 cv;

Peso Torque – 72,7 kg/kgfm;

Cilindrada – 1493 cm³;

Torque máximo – 15,3 kgfm a 2600 rpm;

Potência Máxima – 4600 rpm;

Tração – Traseira;

Alimentação –  Carburador;

Direção – Simples;

Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;

Embreagem – Monodisco a seco;

Freios – Freio a tambor nas 4 rodas;

Peso – 800 kg;

Suspensão dianteira – Independente, braços arrastados – Barra de torção;

Suspensão traseira – Independente semi-eixo oscilante – Barra de torção;

Comprimento – 4026 mm;

Distância entre-eixos – 2400 mm;

Largura – 1540 mm;

Altura – 1500 mm;

Aceleração de 0 a 100 – 20 Segundos;

Velocidade máxima – 130 km/h;

Consumo: Cidade 4,5 km/l – Estrada 8,5 km/l;

Autonomia: Cidade 232 km – Estrada 404 km;

Porta malas – 141 Litros;

Carga útil – Não informado;

Tanque de combustível – 41 Litros;

Valor atualizado Aproximado – N/D;

Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.

O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.

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